Mãe luta para realizar sonhos olímpicos da filha
Conheça a intérprete médica Eliana Izzo, da CHA.
O alarme toca às 22:30 na segunda-feira à noite, e Eliana se levanta da cama rapidamente para se preparar para o seu próximo turno daquele dia. Eliana subsiste com cerca de quatro horas de sono por noite durante a semana para poder sustentar os filhos e seus sonhos. A sua filha adolescente está prestes a entrar na próxima competição de patinação no gelo dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Eliana beija sua filha Gabriella na testa e cumprimenta o filho David enquanto ele faz a lição de casa espalhada sobre a mesa da cozinha. Ambos têm muito orgulho da mãe e ajudam Eliana a vestir o agasalho de inverno. Ela recolhe seu café da manhã e o almoço para o próximo dia e segue para a noite gelada da Nova Inglaterra.
Ela está começando seu segundo trabalho (das 23:00 às 07:00), um turno noturno como intérprete médica de espanhol/português no CHA Cambridge Hospital. Mais cedo, ela trabalhou das 08:30 às 17:00 como intérprete no Franciscan Children's Hospital de Boston. Eliana corajosamente mantém essa jornada de 16 horas por dia, de segunda a sexta-feira.
“Levei um tempo para me acostumar com a jornada de trabalho, mas eu faço tudo pela Gabriella e o David. Gabriella recebeu recentemente uma carta de aceitação da Universidade de Harvard, e David está estudando Economia e Finanças na Universidade de Bentley“, comenta Eliana. “Eu não poderia estar mais orgulhosa deles, e trabalho todos os dias para garantir que possam realizar seus sonhos.
Sua filha, Gabriella, recentemente ganhou a medalha de ouro no Campeonato Feminino Júnior Americano de Patinação Artística de 2019 em Detroit, Michigan. Sua vitória é o culminar de sete anos da dedicação e do trabalho duro de Gabriella, e confirma as escolhas difíceis feitas ao longo do caminho, que tornam os sacrifícios pessoais e familiares ainda mais compensadores.
Gabriella em breve estará competindo no Campeonato Feminino Sênior e sonha em buscar o ouro olímpico em três anos. Os próximos Jogos Olímpicos de Inverno estão previstos para 2022 em Pequim, na China. Gabriella já competiu no exterior na Holanda, Tailândia e Eslovênia.
Eliana é originalmente do Brasil e aprendeu espanhol e português quando criança. Ela completou sua formação de intérprete na Pontifícia Universidade Católica e imigrou para os Estados Unidos em 1994. Depois de viver na Califórnia, Virgínia, Washington D.C. e Flórida, ela finalmente chegou a Boston em 2011 e realizou um Programa de Certificação de Intérpretes na Universidade de Boston. A interpretação é um campo vasto, que abrange cargos na educação, no governo, em serviços sociais e no setor privado.
“Durante o meu turno da noite na CHA, eu presencio momentos de pura alegria e também vejo a luta diária de alguns dos nossos pacientes mais vulneráveis. Num minuto estou segurando a mão de uma mãe enquanto ela se prepara para dar à luz“, observou Eliana. “Na próxima hora, ou dia, eu ofereço conforto e auxilio um prestador da CHA a comunicar-se com uma família de imigrantes cujo filho está enfrentando uma doença mental pela primeira vez.”
Eu sou muito grata à CHA e aos Assuntos Multiculturais e Serviços ao Paciente por apoiarem e acolherem a jornada da minha família“, comentou Eliana. Tanto ela quanto outros intérpretes como ela na CHA atuam como uma ligação entre os pacientes que não falam inglês e os profissionais de saúde. Os intérpretes conhecem os pacientes na situação em que estão no momento e ajudam a expressar suas necessidades nas clínicas de hospitais, cuidados primários e atendimentos especializados em toda a CHA. Em 2018, a CHA terminou o ano com um recorde de 314.569 interpretações.
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